quinta-feira, 3 de maio de 2007

Rasgação de Seda II - Para minha irmã ( que apesar dos arranca-rabos, me ama loucamente )


Haaa!
Então eu tenho uma irmã!


Eu sempre soube que tinha, graças á falecida mãezinha que nunca deixou de esclarecer minhas origens. Minha irmã... Que mimo, que luxo!
Sofisticação, sensualidade e inteligência ali, contidas em uma mulher.
Já está beirando os 30, mas é lindíssima. Todos que a conhecem ou a vêem em fotos dizem que ela tem rostinho de 18. E ela ainda reclama que está ficando velha e feia!
Coisas inexplicáveis do mundo feminino...

Um luxo só!

Encontra-la foi um grande boom em minha vida. Era uma grande conhecida, companheira e confidente, que estava ali o tempo todo, como se um estivesse esperando o outro chegar.
Ainda temos muito que viver, porém em dois meses e meio já somos irmãos de eternidade.
Sinto-me mais feliz e em paz, mais disposto para certas coisas antes evitadas. Ela ressuscitou em mim velhos sentimentos que eu pensava não existirem mais, renovou meu sentido de vida.
Também pudera, não é qualquer um que tem a benção de acompanhar um pequeno irmão crescendo e amparar no colo uma irmã já vivida.
Minha existência parece estar mais significativa e meus dias mais completos. Qualquer minuto ao lado dela é uma eternidade, Deus meu, só quando mamãe estava viva é que eu sentia as dores de afastar-se de um ser tão amado.

É meio que pecaminoso pensar assim, mas até a minha vilania ela despertou com seus planos semidiabólicos maquinados apenas com o intuito de nos divertirmos da burrice alheia.
Doce heresia essa nossa de nos sentirmos além e acima de certos seres humanos.
É pecado... Mas é gostoso!

Assim como eu, ela já nasceu com o seu lugar ao sol, o que atesta até mesmo a nossa semelhança fraternal: é tão indiscutível quanto inevitável, aonde chegamos o sucesso já é nosso!
Batalha para encontrar um amor sincero, mas só o viverá quando realmente se deixar senti-lo. Seu coração é inconstante e indomável e por isso não finca pé em lamaçal. Quer firmeza, solo onde possa plantar o seguimento de sua eternidade e quem sabe assim, respirar em paz.

Também pudera, minha irmã não é mulher para qualquer homem!
Minha irmã tem um senso de humor ferino e crítico, típico dos gênios, que consegue tirar sarro dos outros e das amarguras da vida de uma forma imperceptível e elegante.
Tem um dote para caçar informações e lidar com a prosa ao melhor estilo de grandes jornalistas. Ela é uma grande jornalista e será bem maior no seu futuro vindouro.
Isso é só uma parte.
Ainda existirão muito mais percepções sobre Maíra, minha irmã.

P.S.: Como é bom fazer carinho em Maíra ou ficar de mãos dadas com ela. È como sentir o Vítor em meus braços no dia em que ele nasceu. São vidas pulsando em minhas mãos: a minha, a do Vítor e a de Maíra.




Vinicius Valcanaia
Crítico de Cinema
Acadêmico de Psicologia,
Nostálgico de Plantão e claro, observador perspicaz do comportamento humano!
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