terça-feira, 8 de maio de 2007

Diferenças entre amor e paixão:



... Será que isso existe no futebol?


Domingo. Dia 06 de maio de 2007. Casa cheia. Ôh-láaaaaaaa! “Pula sai do chão a torcida do Tigrão”. Ôh-láaaaaaaaaaa! Tudo dava conta para uma bela vitória, fogos, e muita alegria iriam contagiar quem estava no Heriberto Hülse, e quem estava em casa roendo suas unhas em mais uma final do Campeonato Catarinense. A alegria de ver mais uma vez seu time de coração campeão, e poder gritar para o Estado a fora que seu time do interior é grande. Mas, nem tudo o que desejamos podemos ter!

Isso vale em todos os sentidos. Por mais que estamos apaixonados, amando alguém, isso não quer dizer que vamos tê-lo para nós. Por mais que almejamos galgar degraus dentro de uma empresa, isso também não quer dizer que vamos conquistar o cargo tão esperado. Mas, amor e paixão são diferentes no futebol, isso podem ter certeza.

De uma hora para outro, o melhor goleiro do mundo para você, pode se transformar em um grande frangueiro em um piscar de olhos. E olha, que nem sempre ele é o pior. Mas, no jogo do Criciúma contra a Chapecoense, o goleiro, que no começo do jogo teve canções de herói ao seu favor, terminou sendo crucificado, queimado, não importa a forma de matá-lo, pela sua própria torcida, que lhe fez juras de amor.

Mas, amar não é aquele sentimento que é capaz de perdoar tudo e a todos? Não importando o erro que o outro cometeu? Mas que amor é este que muda a todo instante? Não podemos aqui classificar como “paixão”? Este sentimento sim é oscilante. Uma hora quer, na outro não quer. Quando você vê está te matando, na outra te dando vida. Complicado não?O que dirá a torcida do Criciúma no domingo passado. Do nosso lado um exemplo. Um senhor (foto acima) que era o mais empolgado com o tigre, quando este fez 2 a 1 encima do adversário. Gritou, pulou, e fez juras de amor eterno. Ao término da partida, olhem a expressão facial de desgosto, e um rancor incontrolável. Não precisa ser psicólogo, basta analisar os sinais. Ele está sim querendo o couro do técnico!

E não foi outra, ele pediu a cabeça do treinador em uma bandeja, como fez Salomé com João Batista. Amor, eu heim?!?! Se for para ter um amor como este, prefiro permanecer sendo um ser mal-amado. Mas, futebol, religião e política, são coisas que estão no extremo. Nunca encontramos um equilíbrio emocional nas pessoas quando o tema são os que citei anteriormente.

As pessoas perdem a vergonha, a dignidade, ficam cegas. Mas, eu ainda prefiro ir para o campo, gritar todos os palavrões para o juiz, reclamar o gasto com o ingresso, e ir para a minha casa sem rancor, sem raiva dos coitados que tentaram ganhar a partida, pois eles sim dependem daquilo para sobreviver e nós? Do que precisamos para sobreviver?


Maíra Rabassa
Jornalista e Chata!
SC 1886
(48) 9614 4562
E-mail:
may_asbellas@hotmail.com

“As Bellas & a Fera”
E-mail:
asbellaseafera@gmail.com
Papiro Assessoria de Imprensa e Marketing
Blog:
www.papirocomunicacao.blogspot.com
Contato: (48) 3433 4978
Falar com nossa personal secretary Josy Fernandes

5 comentários:

Anônimo disse...

No excelente texto a palavra "encima" foi usada erroneamente. O correto é "em cima"! Pelo menos no contexto em que foi usada. Encimar é um verbo que significa "colocar em cima de". Portanto, a palavra "encima" até existe, mas no sentido de "ele encima as caixas na bancada", por exemplo. Vou descontar dois pontos. Nota final: 8

Anônimo disse...

Discordo de um ponto: o equilíbrio emocional necessário para se discustir um dado assunto é dependente de quem discute, não do que se discute.

A propósito do tema futebolístico: adeus, São Paulo!

Um abraço.

Alexotan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alexotan disse...

Certa feita no Bar do Zito um sujeito começa a falar: "E o Grêmio hein? Despachou o São Paulo!". Seu Zito retruca: "Desculpe-me, mas aqui no meu bar eu não permito falar sobre futebol, pois mexe com paixão e dá muita briga." O sujeito, resignado: "Oquei! Mas e essa visita do Papa? Que tal o aparato de segurança?" Seu Zito, já demonstrando certo nervosismo: "Meu amigo, aqui no meu bar eu não gosto que falem de religião. Sabe como é, mexe com fé, sempre dá briga." O interlocutor, meio a contra gosto, recomeça o papo: "Esse impasse com a Bolívia, acho que o Lula tá muito benevolente." Seu Zito já não esconde o descontentamento: "Olha, política também não se discute aqui no meu estabelecimento, envolve emoção e sempre dá rixa!" Nisso o sujeito, com um sorriso nos lábios, devolve: "E sobre sexo? Posso falar sobre sexo?" Com um brilho no olhar Seu Zito diz: "Claro!! De sexo pode!!!", e recebe:

"Então VAI TOMAR NO CU!!!!"

Anônimo disse...

Hahahaha!
Ótima, Insano!

Um abraço.