segunda-feira, 7 de maio de 2007

O PORCO E A BRUXA (os que conhecem minha história, sabem muito bem, as pessoas que homenageio nesse singelo poema)


(Um poema sórdido e capitalista... coisa de louco!)

A bruxa suspirava e o porco conspirava.
Nunca houve amor, é só sociedade e dinheiro.
Às vezes fico pensando:
“Não será da bruxa, o porco um prisioneiro?”

A bruxa bem vaidosa sempre se perfumava,
ocasionalmente, a bruxa também fumava.
Andava pelo castelo com seu cheiro nauseante,
perfume que no banheiro era só desinfetante.

O porco coitado vivia desarrumado.
Da roupa nem sabia a cor
parecia um mendigo... Meu deus, que fedor!
Há anos não lavava o sovaco,
como passatempo adorava coçar o saco.

A bruxa muito cruel,
não tolerava quando o porco era infiel.
E o porco naquela vida infeliz
achava muito divertido tirar meleca do nariz.

Com as crianças a bruxa era boazinha
até mesmo com estranhos, bruxa espertinha...
E o porco desanimado,
da bruxa era mesmo um empregado.

Ao porco me apeguei
e com a bruxa trabalhei.
Como pude ser tão idiota?
durante anos com o perigo morei.

Na casa da bruxa fui alimentado
e pelo porco, sempre bem tratado.
Depois que aconteceu toda essa sujeirada
tenho até medo de que a bóia pra mim servida
estivesse envenenada.

E eis que um dia
sem nada melhor pra fazer,
A bruxa e o porco
vieram com minha paz mexer.

O porco inventou uma besteira
e a bruxa na sua furiosa loucura
ajudou o porco
a fazer minha caveira.

Não sei o que fiz
nem onde eu errei.
Juram o porco e a bruxa
que coisa deles eu estraguei.

Depois de anos de muita dedicação
olha o que me aconteceu!
Do porco a antipatia,
da bruxa a ingratidão.
Punhalada certeira bem no meu coração!

Com a maldade calculada
e a conversa ferina
o porco e a bruxa
querem me ferver numa tina!

A bruxa acha que me engana
e o porco também, porco banana!
Pensam que vão me fazer de bobo
arrastando sem piedade, o meu nome no lodo.

Se acham que estou derrotado,
pobre da bruxa e do porco arrombado!
Não cabe a mim os julgar,
deixo a vida correr
e o destino trabalhar.

Mesmo assim, nada prometo,
quero mesmo é dar gargalhada!
pois um dia asso o porco no espeto
e a bruxa vejo morrer queimada!

Vinicius Valcanaia
Acadêmico de Psicologia, pseudo-crítico de cinema,
catedrático das catedrais, nostálgico de plantão,
arroz de festa dos bares e claro,
observador perspicaz do comportamento humano!
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4 comentários:

Unknown disse...

Cruel, mas verdadeiro!

bjus

Fernanda

Alexotan disse...

EXCELENTE!!!!!!!

Anônimo disse...

Vamos comer o porco quando? A Bruxa? Deixa que esta Bruxinha aqui dá um jeito nela... Pois não tem nada que derrube a gente, ah não ser uma febre e uma garganta podre.. Te amo, bebê!

Juliana Dacoregio disse...

Vc já sabe né? Eu ameeeeei este poema satírico! Um dos tipos de poemas mais difíceis de fazer, a meu ver, com rima, estilo e bom humor!!!!
Manda ver, catedrático anti-choque!!!!