terça-feira, 24 de abril de 2007

Por esta você não esperava....


... Mercedes McCambridge era o Capeta!

Engraçado como somos invadidos por pensamentos doidivanas e graças ao bom papai do céu que existe esse blog abençoado, onde podemos colocá-los para que todos os nossos fãs vejam como funciona nossa mente inquieta. Na última noite, vinha eu a pé do serviço quando cruzei com um amigo de longa data e parceiro nas sessões cinematográficas que eu realizava em minha casa. Tenho boas recordações desse amigo, pois toda vez que assistíamos um filme antigo, ele tinha uma piada em relação aos costumes, figurinos e automóveis que apareciam em cena. Horas depois, no MSN esbarro em mais um conhecido que veio me relatar que assistiu ao remake de “A Grande Ilusão”, clássico sagrado do cinema de 1949.

E ao tocarmos no assunto da refilmagem, o filme antigo me veio rapidamente a cabeça. Posso ver Broderick Crawford enfurecido jurando melhorias ao povo e não consigo tirar o rosto de Mercedes McCambridge da minha cabeça. No filme, ela fazia o papel de Sadie, a dedicada assessora do político picareta que dava a alma para defender o seu patrão. Esse foi o primeiro filme da extensa carreira de Mercedes e foi justamente nesse que ela recebeu o Oscar de melhor atriz.

Menina de sorte...
Ela nasceu de quina pra lua, pois seu nome figura em algumas das grandes obras-primas do cinema, geralmente em papéis coadjuvantes e marcantes: no faroeste cult “Johnny Guitar” ela foi a durona Emma que perseguia a brucutu Verena de Joan Crawford pela cidade poeirenta. Foi também a infeliz Luz Benedict em “Assim Caminha a Humanidade”, a Sra. Van Campem em “Adeus as Armas”, a interesseira Grace em “De Repente, No Último Verão”, atuou em um ousado filme sobre o Marquês de Sade na década de 70 na mesma época estava a bordo do defeituoso avião em “Aeroporto 1979: O Concorde”.

E isso tudo foi apenas para dizer que ninguém lembra (e muitos não sabem) que Mercedes deu a sua voz para um dos grandes monstros do inconsciente coletivo dos fãs de filme de terror e medrosos de plantão. No ano de 1976, Mercedes fez a voz do demônio Pazuzu em “O Exorcista”. Lembram daquele vozeirão grosso com o qual a menininha mandava o padre fazer as maiores loucuras sexuais com ela? Pois é, era de Mercedes McCambridge que além de ser uma senhora atriz, foi literalmente o capeta!


Vinicius Valcanaia

Crítico de Cinema
Acadêmico de Psicologia
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