segunda-feira, 4 de junho de 2007

Nossa pobre língua portuguesa


“Contamos com a prezença de todos”. “Bar do jiga baites”. “Tualete masculino e feminino”. “Pressizace de consturera”. Parece até piada de buteco, ou frases bizarras de paralamas de caminhões. Mas não são! Esta é uma das realidades mais tristes de nossa língua. Não sabemos se o problema é dos professores, de casa, ou do povo que é relapso no momento de pegar uma caneta e escrever algumas linhas. Sabemos que estamos sujeitos a erros. Cometemos gafes incríveis com a escrita, mas tudo tem limite. Quando não sabemos como escrever determinada palavra, já dizia minha professora de português na 5ª série do ginásio: “Troque por outra que você conheça e saiba escrever”. Simples! Não tem mistério algum. O exemplo do “prezença” é evidente da discrepância de quem escreveu, e pior, imprimiu e colou em vários postes da cidade de Içara convidando as pessoas para um evento que reúne bandas de todo o Estado. Se o gosto do cidadão é música, acredito que ele deva ao menos ler as letras das mesmas, que por sua vez, devem estar escritas de forma correta. Então, será que foi falta de atenção, ou uma jogada para chamar os olhares curiosos para seu evento? Se isso é propaganda, desculpe, mas é de péssimo mau gosto. Ler rótulos de remédios, ou então, revistas de ti-ti-tis de novelas ajudam no vocabulário, até mesmo, fazer palavras cruzadas. Se não adiantar, assista o Caldeirão do Hulk onde meninos e meninas de 11, 12 e 13 anos estão dando um show no quadro “Soletrando”. Algo interessante na televisão brasileira que anda tão pobre de cultura.


Maíra Rabassa
Jornalista (SC 1886)
As Bellas & a Fera
E-mail:
asbellaseafera@gmail.com
Fone: (48) 3433 4978

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