quinta-feira, 14 de junho de 2007

MATANDO A SAUDADE DA PLANTA CARNÍVORA PSICOPATA COM APETITE MONSTRUOSO



Quem se lembra de A PEQUENA LOJA DOS HORRORES??
Ganha um prêmio...


Essa baita comédia musical faz parte da galeria dos filmes que eu mais adoro e gosto de ver, rever e cantar as canções!

Pra começo de conversa, vamos lembrar de um filme obscuro da década de 60 que hoje é cultuado e adorado no mundo todo chamado A PEQUENA LOJA DOS HORRORES. Dirigido pelo “papa dos filmes B”, o grande Roger Corman, o filme narrava as desventuras de Seymour, um apatetado funcionário de uma floricultura que encontrava uma planta alienígena e cuidava dela com todo carinho e amor. Claro que a planta começava a crescer e juntamente o seu apetite por sangue ia se desenvolvendo, colocando Seymour em péssimos lençóis cada vez que ele resolvia “alimentar” a planta. E como na história de Fausto, a planta prometia fama, sucesso e reconhecimento para o feioso Seymour em troca de alguns nacos de corpos humanos para lhe alimentar. O elenco peculiar dessa versão da década de 60, trazia figurinhas divertidas como Jonathan Haze, Jackie Joseph como a mocinha apaixonada, o rei da ponta Dick Miller (claro, fazendo uma ponta), Myrtle Vail como a senhora viciada em xarope para a tosse com altíssimo teor alcoólico e pasmem, Jack Nicholson ainda um garoto em começo de carreira em cena como o grosseirão Wilbur.

Após permanecer anos no esquecimento, os compositores Howard Ashman e Alan Menken (criadores das trilhas e das músicas de sucessos da Disney) gostaram do argumento do filme e criaram algumas canções para amalucar ainda mais a história. Os dois levaram-na a um produtor e o musical estreou off-Broadway em 1982 por um curto período de tempo, indo em seguida para os grandes teatros da Broadway sendo encenada em vários países e até mesmo no Brasil no início da década de 90.

Então chegamos ao ano de 1986 e a versão cômica, musical e sanguinolenta de A PEQUENA LOJA DOS HORRORES.
O diretor Frank Oz viu na peça um potencial excelente para o cinema e lançou um projeto arriscado já que os musicais não andavam muito em alta no fim dos 80, a definitiva versão para o cinema, ou como muitos chamam “a adaptação da adaptação”. A história era basicamente a mesma só que com algumas piadas do filme da década de 60. Oz na verdade fez uma “comédia musical de humor negro”, mas o charme maior dessa versão estava nos personagens.

Rick Moranis (o eterno cientista de Querida, Encolhi as Crianças) vivia o desajeitado Seymour Krelborn que novamente encontrava a planta alienígena justamente as vésperas de fechar a floricultura do Sr. Mushnik, o homem que o criou, o vestiu e lhe deu um emprego. Seymour na verdade é uma espécie de “Cinderela” de calças. Vive no porão, é desajeitado, feiosinho e sem graça. Ao encontrar a planta sua vida vira de cabeça para baixo. A planta batizada de AUDREY II em homenagem a Audrey (a atriz de teatro Ellen Greene, que fala com voz esganiçada e canta com um puta vozeirão), colega de serviço e grande paixão de Seymour, mostra-se inofensiva e delicada de início. Sua presença na loja é o suficiente para começar a atrair clientes que ficam maravilhados com a estranha plantinha na vitrine. O dinheiro vai entrando, a situação melhorando, até que AUDREY II começa a perder sua força, sua cor e aos poucos vai definhando. E agora? O que fazer para que a plantinha volte a vida?
Num acidente, Seymour descobre que a plantinha precisa, gosta e adora aquele líquido vermelho que corre em nossas veias... SANGUE!

E assim começa a cômica odisséia do nosso herói, escravo de uma planta carnívora alienígena que lhe promete o mundo em troca de carne humana fresca, tendo sua história embalada por canções deliciosas.
Tichina Arnold, Michele Week e Tisha Campbell fazem o coro de moças que assim como numa tragédia grega, cantam em verso, prosa e divina melodia os tormentos de nosso herói.

Participando do filme em pequenas pontas (parodiando a atuação de Dick Miller em filmes) estão alguns dos melhores comediantes da nova (já antiga) geração da década de 80: o saudoso John Candy como um radialista despirocado, Bill Murray como o paciente sadomasoquista, James Belushi numa rápida aparição e Steve Martin. Ah, Steve está impagável como o dentista torturador e violento com complexo de Elvis Presley.

Ah é... E a planta?
AUDREY II, a monstruosa planta alienígena. Confeccionada com muito esmero pela equipe de Jim Henson (o criador dos Muppet Babies, a série com os bonecos) e dublada pelo cantor Levi Stubbs da banda The Four Tops, AUDREY é a estrela máxima do filme com suas piadas sórdidas e seu apetite interminável.

Os desavisados que ainda acham filmes musicais “coisa de bicha”, deveriam assistir esse aqui e desfazer esse conceito. Pois é difícil permanecer sem dar uma gargalhada diante de tanto humor negro e piadas “trash” de primeira classe.


Vinicius Valcanaia
Acadêmico de Psicologia, pseudo-crítico de cinema,
catedrático das catedrais, nostálgico de plantão,
arroz de festa dos bares e claro,
observador perspicaz do comportamento humano!
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Um comentário:

Anônimo disse...

Nome interessante do bichinho!!!!!!