quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Violência: Dados importantes

Violência Urbana: Ações que refletem em grande resultados
Entre os anos de 1999 a 2001, brigas em escolas, confusões entre adolescentes, gangues eram a imagem de uma juventude que estava se perdendo em Criciúma. Um reflexo desesperador para muitos pais desta cidade, que estavam vendo seus jovens filhos entrarem em um caminho quase que sem volta. Das 24 gangues existentes na época, hoje se restaram quatro pode ser considerado um número elevado. Mágica? Não! Comprometimento das autoridades com trabalhos para resgatar estes meninos e meninas. Quem revelou este dado foi o major Márcio Cabral, em entrevista ao programa As Bellas e a Fera. Na oportunidade o major – que é comandante da 2ª Cia da PM de Içara - contou que no período crítico das brigas, o poder público municipal resolveu investir nestas regiões caóticas, em ações sociais, esportivas e educativas. “Eles deixaram de canalizar a energia para o negativo, que foram transmitidas para o esporte e cultura”, explica o major. Com isso, o programa mostrou que a violência existe, porém, tem como ser mudada com um pouco de determinação e unidade de um grupo de pessoas, no caso, a sociedade.

A matemática das áreas invadidas
Hoje Criciúma conta com 84 áreas invadidas. Se em cada uma se “criar” um marginal, serão 84 infratores. Se cada um deles realizar um furto a cada dois dias, serão 42 roubos, que se somados, atingem ao número de 1.120 por mês de furtos. Se multiplicar isso por 12, serão mais de 15 mil furtos por ano. Segundo o Major, hoje Criciúma não tem 1.000 por ano. Um grande susto, não é mesmo? Mas, sabe como isso pode ser evitado? Com a presença do Estado nestes locais. O major Cabral, conta que se eliminar estas áreas desprotegidas pelo estado, novas surgirão. Então, a saída é levar educação, casa, alimentação e emprego para estas famílias que se encontram na linha de marginalização. Sendo feito isso, as proliferações de crimes não serão com as margens gigantescas como fora citadas acima.

O que estimula a isso tudo?
Um dos itens que foi debatido é quanto à participação da mídia nesta operação de violência. De um lado o major culpou a imprensa, os programas de TV´s, rádios, e outros veículos de estimularem os atos de transtornos de crimes. Porém, a jornalista Maíra Rabassa, ressaltou que não se pode crucificar apenas um lado da moeda por um problema que é social. Ou seja, o homem desde que descobriu a riqueza, desde que foi separado por classes sociais, vive nesta paranóia de violência. O problema é quando ela fica banalizada para vender jornais. Daí sim requer uma análise do que a imprensa é capaz para conseguir um furo. A mídia não deixa de fazer parte disso, e também sofre com perseguições, prova disso é o caso de Tim Lopes, que morreu cumprindo com seu dever. Transformar valores. Esta é a meta para uma comunidade mais justa.

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