domingo, 15 de julho de 2007

Violência Urbana

“Ir à Praia que fica a menos de 100m de nosso apartamento também era contra a recomendação do que nos passavam os seguranças e companheiros de clube. Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos”, trecho da carta do jogador de futebol, Zé Roberto, que está trocando o Brasil pela Alemanha, que segundo o atleta, mesmo sofrendo alguns problemas raciais, é melhor do que ficar no Brasil.

Dia após dia deparamos com este tipo de situação. Algumas pessoas acham que estes argumentos são uma forma de protesto contra a violência. Porém, acreditamos que é uma maneira de fugir da realidade que poderia ser mudada se lutarmos aqui, como? Escolhendo melhor aqueles que irão fazer as leis (deputados e senadores), aqueles que irão administrá-las (prefeitos, governadores e presidentes). Mas, o que nos resta, é a assistir ações depreciativas que colocam a nossa Nação no submundo.

E a violência não é sentida só na pele do rico, daquele que tem que andar com seguranças na culatra, como o jogador acima. O pobre também sobre. Com uma violência sem controle, “meninos” de classe média alta espancam cidadãos na rua para liberar as suas testosteronas. Para mostrar que é macho. Como diz a música de Gabriel, O Pensador (Playboy 2): “Sou playboy e meto porrada, eu dou porrada eu enfio a porrada. Só ando com a galera e bato nos mané, Mas quando eu to sozinho eu só bato nas mulhé (...)”.

E para isso não adianta tapar o sol com a peneira. Um exemplo foi o caso de um livro de Geografia que foi aprovado para ser indicado para os professores da rede pública do Rio de Janeiro. No material, os autores utilizaram mapas feitos pela polícia do estado, assim como retirados de matérias feitas na imprensa nacional, que aponta como é divido o Rio de Janeiro pelas facções criminosas.

Pedagogos, políticos, entre outras lideranças acharam um “absurdo” a liberação de um livro como este para ser apresentado para crianças de 11 e 12 anos. Mas, isso não é uma guerra? Se for uma guerra, não tem que ser discutida? As crianças têm que analisar estes temas já na escola sim, e não ficarem bitolados achando que moram em uma ilha.

O assunto é polêmico e mais atual do que nunca. Para falar do tema, a equipe das Bellas e a Fera, convidou o major Márcio José Cabral, comandante da Cia. da Policia Militar de Içara, que irá debater e tirar as dúvidas dos internautas sobre as origens desta problemática e como combater. A Policia Militar tem como missão prevenir as incidências de crimes. Com isso, vamos saber quais as realizações da PM para o combate, e se isso está surtindo o resultado esperado.

Então, não deixe de desabafar e falar o que acha do assunto. Mande e-mails para As Bellas e a Fera, para servir de base de perguntas para o programa desta segunda-feira (09 de julho), na Web Rádio Criciúma. Mande suas dúvidas para o
asbellas@radiocriciuma.com.br, ou então, acesse o chat no dia do Programa.


Responsáveis:
Maíra Rabassa (Jornalista SC 1886)
Marina Bitten (Publicitária)
Vinicius Valcanaia (Acadêmico de Psicologia)

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