sexta-feira, 13 de julho de 2007

Cultura para “poucos”. Vamos buscar a “inclusão cultural”!

Gostar de música, teatro, cinema, balé, ópera, sinfonia é algo que não deveria fazer parte das elites dominantes. Se colocar uma orquestra para tocar em qualquer município deste Brasil, com um valor compatível a realidade financeira do brasileiro, tenho certeza que irá lotar. Avalio que ao invés de ter a disciplina de educação religiosa nas escolas, já que somos de várias crenças – o que acaba sendo feita uma análise apenas de uma religião e outras ficam de lado – deveria fazer parte do currículo escolar a disciplina “Cultura”. Instigar nas nossas crianças o gosto por músicas, cinema, artes e com isso criar oficinas de artes nas escolas buscando novos talentos que estão escondidos nas salas de aula deste Brasil. Mas, temos que reavaliar principalmente a forma que esta cultura está chegando nas casas dos mais carentes. Cobrar R$ 60,00, R$ 120,00 e até mais por uma peça de teatro, por um show de um grande artista nacional ou internacional é injustiça com aqueles menos favorecidos. Deveria ter uma lei que obrigasse os empresários a promover dois shows: um com o preço de mercado e outro com um valor popular para dar a possibilidade de acesso a estas pessoas de baixa renda. Cultura deve ser para todos e não para poucos como estamos vendo todos os dias. A crítica é para buscar alternativas e não para desvalorizar o trabalho e a força de vontade de quem está trazendo para Criciúma grandes companhias. Políticas e projetos para a “inclusão cultural” deveriam também fazer parte das propostas eleitorais dos futuros políticos. 2008 é ano de eleição! Quem sabe já não podemos dar o primeiro passo aqui?


Maíra Rabassa

Jornalista (SC 1886)

Nenhum comentário: